Que não tem medo do escuro
Que tateia com os lábios
Que é taxada de louca por querer fazer as coisas mais normais do mundo
Essa gente que tem medo
Que gosta de pôr a mão em tudo
Que pode prestar a maior atenção do mundo no que dizem, sem estar
voltado para o interlocutor
Que pode ser tudo
Neve e vulcão ardente
Cujos erros pesam muito mais
E os acertos mais insignificantes são supervalorizados
Essa gente que pode comer com colher
Ou às vezes prefere a mão
Que comete as gafes mais engraçadas
Que é capaz de tudo e de nada
Guarda em si o gérmen da submissão
E a capacidade de fazer a diferença.
Essa gente simplesmente humana
Cujos desafios a vencer
Estão mais dentro da cabeça que no silêncio dos olhos.
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